Análise de South of Midnight
lançado em 2023, South of Midnight se destacou por sua temática inspirada no folclore sulista dos Estados Unidos e por um estilo que remete à animação em Stop Motion. Os trailers divulgaram um vislumbre do potencial do jogo, especialmente atraente para aqueles que valorizam narrativas bem elaboradas e um combate mais leve.
Tive a oportunidade de jogar e explorar South of Midnight no PC e vou compartilhar minhas impressões nesta análise!
A RIQUEZA DA SIMPLICIDADE
Nos primeiros momentos com South of Midnight, nota-se a essência do jogo: ele é intencionalmente simples e curto, composto por 14 capítulos que podem ser completados em cerca de uma hora cada, dependendo do ritmo e do desejo de exploração do jogador. O ciclo do jogo é geralmente voltado para:
- Revelar mais da narrativa;
- Explorar cenários mais fechados;
- Desbloquear novas habilidades;
- Enfrentar inimigos;
- Conhecer aliados potenciais.
Após jogar diversos títulos mais abertos, apreciei a abordagem mais direta do jogo. Essa estrutura me remeteu aos clássicos de ação e aventura do PlayStation 2 e 3, um estilo que gostaria de ver mais vezes na atualidade. Isso pode não agradar a todos, especialmente aqueles que preferem jogos com mais liberdade, mas certamente pode ser uma boa opção para quem aprecia uma narrativa mais focada.
NAS PROFUNDEZAS DO SUL AMERICANO
Dado que South of Midnight enfatiza sua narrativa, é essencial falar um pouco sobre ela, sem revelar spoilers. A protagonista, Hazel, enfrenta um distanciamento emocional de sua mãe desde a morte de seu pai, além de não entender a distante relação com sua avó paterna. Após uma tempestuosa catástrofe que leva sua casa, Hazel busca a ajuda de sua avó e descobre poderes ligados a fios misteriosos que apenas ela pode enxergar, além de uma série de criaturas fantásticas que habitam seu novo mundo.
Acredito que a trama e os personagens são os pontos altos do jogo, mesmo na ausência de escolhas significativas. Há espaço para aprimorar habilidades e desvendar partes da história ao explorar, mas a exploração é um tanto rasa, com cenários contidos que podem ser descobertos rapidamente. Para quem não é fã de se distanciar dos objetivos principais, isso pode ser um ponto positivo, mas poderia ter sido melhor explorado.
A incorporação do folclore sulista na trama e na estética do jogo é fascinante. Esse tema, mesmo que distante para nós, é tratado com maestria e pode instigar o interesse do jogador.
LUTANDO CONTRA OS PRÓPRIOS DEFEITOS
O combate pode parecer repetitivo para alguns jogadores, embora ele busque evoluir através dos diferentes inimigos e habilidades de Hazel. Embora não seja o forte do jogo, é possível se divertir ao utilizar o arsenal de golpes disponíveis. A temática dos fios e agulhas se integra bem ao gameplay, mas pode ser difícil mantê-la interessante por longos períodos, especialmente considerando outros focos do título. Contudo, como o jogo não é tão extenso, essa repetição pode não se tornar um problema.
Em termos de performance, enfrentei problemas leves que os desenvolvedores já estão cientes e que provavelmente serão solucionados até o lançamento, como alguns travamentos esporádicos e uma pequena questão de sincronização vertical. No geral, o jogo funcionou bem, e o estilo Stop Motion faz parte da proposta estética.
VALE A PENA?
South of Midnight é um jogo que facilmente recomendo, principalmente porque estará disponível no Game Pass a partir de 8 de abril. Para quem pensa em adquiri-lo, a recomendação depende do quanto você aprecie jogos de ação e aventura lineares, que remetem a experiências do passado.
Acredito que a história, os personagens, a trilha sonora e a jogabilidade mais simples podem agradar bastante aqueles que buscam uma experiência leve e divertida, que não demande horas excessivas, mas que ainda seja impactante e envolvente.
Compartilhe suas impressões e o que você espera deste jogo nos comentários abaixo!