Introdução à Polêmica da Ubisoft
A Ubisoft voltou a ser criticada por jogadores devido a cláusulas de seu contrato de usuário final (EULA) que exigem a destruição de cópias físicas dos jogos se eles deixarem de ser vendidos. A atualização do contrato, que pode ser encontrada no site da empresa, estipula que os jogadores devem desinstalar e descartar suas versões físicas caso o título seja descontinuado ou o contrato encerrado.
Repercussões da Nova Cláusula
A nova cláusula levantou questões sobre a preservação dos jogos e os direitos dos consumidores. Usuários nas redes sociais expressaram preocupação sobre o impacto dessa exigência, especialmente em relação às cópias físicas, que normalmente não dependem de servidores ou licenças digitais para funcionar.
Embora a polêmica tenha se concentrado na Ubisoft, verificou-se que outras empresas do setor, como Activision, SEGA, EA, Microsoft e Square Enix, possuem cláusulas semelhantes em seus contratos, muitas vezes ignoradas pelos jogadores. As companhias mencionadas incluem títulos populares como Metaphor ReFantazio e Elden Ring.
Entenda a Polêmica e Outras Empresas
- Ubisoft
- Larian Studios (Divinity Original Sin, Baldur’s Gate 3) – a cláusula se aplica se o jogador decidir encerrar o contrato.
- Square Enix (Final Fantasy XIV)
- Genshin Impact / COGNOSPHERE
- Death Stranding
- Bethesda (The Elder Scrolls IV: Oblivion)
- Activision (Call of Duty)
- Bandai Namco (Elden Ring)
- SEGA (inclui toda a série Yakuza e Persona)
- No Man’s Sky
- Star Wars Jedi: Fallen Order (EA)
- Warhammer 40,000: Space Marine 2
É importante destacar que, apesar de existirem essas cláusulas, elas são frequentemente vistas como “letras mortas”, ou seja, estão no papel, mas não são aplicadas na prática, já que é difícil para as empresas fiscalizar o cumprimento dessa regra em mídias físicas.
Posição da Ubisoft sobre a Situação
Após a repercussão negativa, a Ubisoft se pronunciou, afirmando que a cláusula já existia em seu contrato há mais de uma década. A empresa ressaltou que essa obrigação é uma formalidade legal, cujo objetivo é esclarecer que, ao final da licença, o usuário não tem mais direito de acessar ou usar o produto. Eles também admitiram que a linguagem do contrato pode parecer severa e desatualizada, considerando a maneira como os jogadores interagem com os jogos atualmente.
A Ubisoft assegurou que está revisando a cláusula para alinhar suas políticas com as expectativas dos consumidores na era digital.
O Futuro da Preservação dos Jogos
A discussão reabriu o debate sobre a importância dos colecionadores e preservacionistas. Muitos especialistas notam que, apesar das cláusulas, jogadores frequentemente mantêm suas cópias físicas como parte de coleções pessoais, ignorando as exigências contratuais.
Além disso, a cláusula não impede que mídias físicas que não exigem conexão online continuem funcionando normalmente. Ou seja, muitas vezes, o jogo pode rodar mesmo que a empresa solicite sua destruição.
Isso nos leva a um dilema presente na era digital: até onde vai o direito do consumidor sobre os produtos adquiridos, especialmente no mercado de jogos, onde licenças e contratos prevalecem sobre a noção clássica de “propriedade”.
Considerações Finais
A situação também nos lembra da importância de ler atentamente os contratos antes de assiná-los. E você, o que pensa sobre esse assunto? Compartilhe sua opinião nos comentários!
Para aqueles que se interessam pelas recentíssimas notícias da empresa, não deixem de conferir informações como a demissão de 19 colaboradores da Red Storm Entertainment e o Movimento Stop Killing Games, que busca preservar os jogos.


