Introdução a Silent Hill f
A transmissão especial de março trouxe novidades que despertaram ainda mais meu interesse, especialmente o tema “encontrar a beleza no horror”. Esse conceito sempre esteve presente nos quatro jogos originais da Team Silent, evocando uma atmosfera perturbadora que, em certos momentos, se transforma em uma paz quase paradoxal.
Com todas essas expectativas, tive a chance de testar mais de quatro horas de gameplay de Silent Hill f. Ao final das minhas experiências, saí animado, apesar de algumas observações: embora o jogo acerte na criação de clima e atmosfera, seu estilo de gameplay é diferente do que muitos podem esperar.
Uma Trama Intrigante
Um dos traços que une todos os jogos da série Silent Hill é a sensação de incerteza: por que o protagonista está preso nesse pesadelo? O que o levou a esse local repleto de culpa e remorso? Silent Hill f se desvia do formato convencional. Desde o início, fica claro que algo está muito errado com a protagonista, Hinako, além de sua cidade, Ebisugaoka, e os relacionamentos que mantém.
O jogo traz uma ampla gama de personagens que possuem assuntos não resolvidos, e a própria cidade parece ter vida, carregando uma história envolta em crendices. No enredo, seguimos Hinako, uma jovem com um pai alcoólatra e relações complicadas com amigos de infância.
Silent Hill f se concentra em desenvolver a narrativa com muitas cutscenes, que permitem explorar personagens, suas dinâmicas sociais e a sensação de desconforto. Desde cedo, percebi que há uma estranheza marcante entre os amigos de Hinako, gerando dúvidas sobre suas verdadeiras intenções.
Ambiente e Atmosfera
A ambientação de Silent Hill f é novidade, já que a trama ocorre no Japão dos anos 60, em uma cidade rural fictícia chamada Ebisugaoka. Essa mudança traz uma possibilidade interessante para experimentações e é um dos pontos positivos do jogo. A nova configuração cria um espaço quase alienígena, refletindo o folclore japonês e a transição cultural da época.
Os cenários e a sonoplastia contribuem para criar experiências desconfortáveis, onde cada detalhe provoca inquietação. Outro aspecto intrigante é a definição do que é o universo “de névoa” e o “Otherworld”, instigando a curiosidade sobre a situação de Hinako.
A Conami explicou que o jogo core a filosofia japonesa de apreciar o silêncio e a passagem do tempo, um conceito que se alinha bem com a atmosfera inquietante que a franquia sempre apresenta.
Gameplay Alternativo
Quem jogou os títulos clássicos pode sentir uma estranheza ao experimentar Silent Hill f. O combate e os puzzles estão presentes, mas com uma abordagem diferente. O sistema de combate foca em embates corpo a corpo, com uma barra de vigor que limita os ataques.
As armas têm durabilidade e se desgastam com o uso, exigindo substituições e gerenciamentos que afetam o desempenho no combate. O jogo também traz mecânicas contemporâneas, como um sistema de campo de visão dos inimigos e furtividade, o que contrasta com a tensão do horror psicológico envolvido.
Os puzzles do jogo se mostram desafiadores e ligados à narrativa de Hinako, oferecendo experiências imersivas e instigantes.
Possibilidades Futuras da Franquia
Silent Hill f surge como uma obra única dentro da franquia, tocando as nuances do terror psicológico de maneira criativa e inovadora. Embora eu ainda precise digerir completamente a experiência, é claro que a originalidade e a visão autoral são aspectos fundamentais que a série necessita.
A interação com a obra e os temas abordados até agora me deixou ansioso pelo que está por vir. Mal posso esperar pelo lançamento, agendado para o dia 25 de setembro, em versões para PC, PS5 e Xbox Series. E você, o que espera de Silent Hill f? Deixe sua opinião nos comentários!


