Eriksholm: The Stolen Dream – A Proposta Inovadora do River End Games
Eriksholm: The Stolen Dream é o título de estreia do estúdio sueco River End Games, formado por profissionais experientes da indústria de jogos. Com um time de dezesseis pessoas, eles decidiram criar uma propriedade intelectual original, focando em um gênero de ação furtiva com visão isométrica, buscando se distanciar das tendências saturadas do mercado. O jogo é comparado a clássicos como Desperados e Shadow Tactics: Blades of the Shogun.
Como alguém que acompanha o universo gamer há mais de quinze anos, venho a apreciar projetos autorais que trazem um frescor à experiência de jogo. Eriksholm: The Stolen Dream é um exemplo perfeito disso, surgindo em um momento em que jogos menores ainda têm muito a oferecer, desenvolvidos por equipes que realmente investem na criação.
O título foi disponibilizado oficialmente em 15 de julho e está disponível para PC (Steam e Epic Games Store), PS5 e Xbox Series S e X. Para aqueles que estão em dúvida, o jogo também conta com uma versão de demonstração gratuita.
Narrativa Envolvente e Personagens Cativantes
Um dos aspectos mais marcantes de Eriksholm: The Stolen Dream é sua narrativa, que se desenrola de maneira fluida e mantém o jogador envolvido. A história se passa na cidade de Eriksholm, inspirada na Escandinávia do início do século XX, e aborda duas grandes crises: a chegada de maquinário a vapor que tira empregos e uma doença chamada Praga do Coração, que ameaça a população.
No início do game, conhecemos a protagonista Hanna, que está se recuperando de uma doença sob os cuidados de seu irmão Herman. A trama envolve um policial que aparece para interrogá-la, trazendo à tona o desaparecimento de Herman e a repressão policial à população desesperada.
A narrativa provoca inúmeras perguntas intrigantes: por que as forças armadas buscam dois jovens? O que exatamente aconteceu com Herman? As respostas surgem na medida em que a história avança, complementadas por personagens bem desenvolvidos e diálogos que enriquecem a experiência.
Gameplay: Uma Jogabilidade Intuitiva
Com uma abordagem isométrica de ação furtiva, Eriksholm: The Stolen Dream utiliza mecânicas de “apontar e clicar” para movimentar os personagens e interagir com o ambiente. Embora as horas iniciais possam parecer lentas na introdução das mecânicas, o jogo ganha ritmo quando Hanna ganha novas habilidades e outros personagens se juntam à aventura.
Os jogadores podem controlar até três personagens ao mesmo tempo, alternando entre eles para realizar ações coordenadas, como distrair inimigos ou acessar áreas inacessíveis. Cada personagem possui habilidades únicas que permitem uma experiência de jogo satisfatória.
O design é bastante simples e acessível, facilitando a troca entre os personagens. Contudo, a inteligência artificial dos inimigos pode ser um ponto fraco, já que eles tendem a esquecer rapidamente das distrações. Isso, por sua vez, pode servir como uma crítica ao sistema opressor presente no jogo.
As fases têm duração média de uma hora e incluem desafios variados, desde a interpretação de símbolos em cenários até a utilização de sombras dinâmicas para se camuflar. Apesar da linearidade, que pode decepcionar alguns jogadores, a experiência se mostra gratificante por sua simplicidade e controle direto.
Dificuldade Equilibrada e Durabilidade Ideal
Embora jogos stealth possam ser desafiadores e exigir paciência, a estrutura de Eriksholm busca evitar a frustração. As fases estão projetadas para que o jogador não se sinta perdido por muito tempo. A campanha é composta por oito capítulos, cada um com cerca de uma hora de duração, com algumas sequências mais longas nos capítulos finais. O jogo prioriza o entretenimento, mantendo o fluxo da narrativa sem interrupções desnecessárias.
Vale a Pena Jogar?
Eriksholm: The Stolen Dream é um jogo eficiente em sua proposta. Se não traz grandes inovações em gameplay ou narrativa, é suficientemente divertido para atender aos fãs de ação furtiva. Os diálogos são bem elaborados, e a construção do mundo oferece críticas políticas e sociais relevantes.
A linearidade nas soluções dos desafios pode deixar a desejar para os jogadores mais exigentes, mas também torna o jogo acessível para novos fãs do gênero stealth. É uma excelente escolha para quem busca algo original e autoral, podendo ser desfrutado em sessões curtas.
Nota do Artigo: 80
Pontos positivos:
- Personagens envolventes;
- Narrativa instigante;
- Gráficos de alta qualidade;
- Mecânicas simples e agradáveis;
- Boa tradução em PT-BR.
Pontos negativos:
- Fases muito lineares;
- Inteligência artificial dos inimigos insatisfatória;
- Problemas com salvamentos automáticos.
A análise de Eriksholm: The Stolen Dream foi feita no PC, utilizando uma chave de acesso de imprensa. O jogo foi lançado oficialmente em 15 de julho e está disponível nas plataformas Steam, Epic Games Store, PS5 e Xbox Series S/X.
Referências
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