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Death Stranding 2: Um Apocalipse de Acessibilidade que Decepciona – Confira a Análise Completa!

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Death Stranding 2: On the Beach

Death Stranding 2: On the Beach expande o universo do primeiro jogo, mantendo o tom contemplativo e existencial que foi tão marcante. A nova narrativa traz novas camadas, explorando a importância das conexões em um mundo que ainda está em processo de reconstrução. A aventura se torna mais fluida, com movimentação ágil, desafios mais acessíveis e interações diretas com o ambiente. Tudo parece mais polido, porém ainda recheado de silêncio, vazio e significado.

Com essa perspectiva, surge a pergunta: Death Stranding 2 é realmente acessível para jogadores com deficiência? O design do jogo supera barreiras ou dificulta a experiência para quem necessita dessas adaptações?

Nesta análise, compartilho minhas impressões como pessoa com baixa visão, destacando os recursos de acessibilidade disponíveis e como a falta deles afetou minha experiência de gameplay, a qual, infelizmente, não consegui finalizar. Isso, por si só, já diz muito sobre o jogo.

Interface e Legendas

Ao avaliarmos a interface, é essencial distinguir entre a UI externa (menus e configurações) e a interna (ícones e elementos durante o jogo). Infelizmente, ambos os aspectos decepcionam significativamente.

No início da jornada, não há um menu de acessibilidade. As opções se mostram extremamente limitadas, com a ausência de qualquer instrução voltada para esse público. Os menus não oferecem uma aba específica para acessibilidade, e, além de algumas opções de controle, não há ferramentas que realmente ajudem jogadores com deficiência.

Os textos são pequenos e difíceis de ler, com uma transparência que prejudica o contraste, tornando a navegação complicada. Não existe possibilidade de ajustar o tamanho da fonte ou a cor de fundo dos menus. Durante o gameplay, a situação não melhora: os ícones não podem ser redimensionados e a HUD não permite adaptações significativas. A única ação possível é ativar ou desativar elementos da tela, algo muito básico para os padrões atuais.

As legendas têm uma personalização quase inexistente, limitando-se apenas ao nome do personagem que fala. Não há ajuste de tamanho, cor de fundo ou destaques em palavras-chave. Essa falta de opções torna o uso das legendas frustrante para pessoas com dislexia, surdez ou baixa visão.

Em geral, a interface de Death Stranding 2 é uma das menos acessíveis que vi nos últimos anos, não oferecendo nem mesmo filtros para daltônicos. Listar tudo que poderia ser melhorado seria cansativo; o básico já estaria de bom tamanho. Se adaptações visuais são necessárias para você, este título certamente não é o mais indicado.

Dificuldade

O jogo apresenta quatro modos de dificuldade:

  • História (o mais fácil)
  • Casual
  • Normal
  • Brutal

Esses modos podem ser alterados a qualquer momento durante a campanha. Contudo, é importante ressaltar que o nível de dificuldade não é sinônimo de acessibilidade. Embora algumas opções possam adaptar a experiência, os modos disponíveis aqui são genéricos e não oferecem subdivisões entre combate, exploração ou resolução de quebra-cabeças, algo que outros títulos recentes já incorporaram.

Gameplay

O centro do gameplay continua a proposta do jogo anterior: entregar cargas em um mundo aberto, enfrentando obstáculos naturais e inimigos, com foco em exploração e estratégia. No entanto, a acessibilidade deixa muito a desejar. Exceto por uma assistência de mira básica e algumas opções de controle, o jogo basicamente ignora as necessidades de jogadores com deficiência.

Isso é frustrante, principalmente considerando que a sequência de um dos títulos mais significativos do PlayStation poderia ter avançado em questões de acessibilidade. No entanto, o que observamos é um retrocesso. Death Stranding 2, junto a outros jogos de destaque, possui acessibilidade extremamente limitada, e poucos críticos levantam essa questão em suas análises.

Controles

Uma boa notícia: os controles são a única área onde o jogo demonstra algum esforço. É possível customizar os controles com as seguintes opções:

  • Ativar/desativar sensores de movimento em mecânicas específicas;
  • Alternar entre manter pressionado ou apenas apertar um botão para ações como correr ou construir;
  • Ajustar a zona morta dos analógicos.

Essas opções são úteis para quem tem limitações motoras, mas ainda falta o básico: não é possível remapear os botões diretamente no jogo, uma funcionalidade que o PS5 permite através do sistema, mas que muitos jogadores podem não conhecer. Incluir essa função no jogo é uma questão de acessibilidade e praticidade.

Vale a Pena?

Death Stranding 2: On the Beach é um dos jogos mais esperados do ano, com visual impressionante, trilha sonora marcante e narrativa profunda. No entanto, para aqueles que necessitam de recursos de acessibilidade, essa aventura pode se tornar uma barreira intransponível.

A única área que recebe alguma atenção é o controle, mas com limitações. Todo o restante — interface, gameplay, legendas e contraste — apresenta obstáculos constantes. O jogo parece exigir gambiarras para ser jogado por parte do público, tornando-se, assim, excludente.

Como jornalista, jogador e pessoa com deficiência, não posso recomendar Death Stranding 2 como uma experiência acessível. A jornada que deveria conectar os jogadores, infelizmente, acaba, na verdade, separando.

Por último, um aviso aos colegas gamers PCD: dado o elevado custo dos jogos no PlayStation, precisamos ser mais exigentes. Se não consegui aproveitar essa experiência mesmo com acesso gratuito, imagine aqueles que pagaram alto por ela. Vamos conversar nos comentários sobre a acessibilidade nos jogos atuais!

Death Stranding 2: On the Beach

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